sábado, 2 de julho de 2011

é a menina de 21 que vos escreve

e eis que eu acho um texto emotivamente digitado no bloco de notas nos idos de 2007, armazenado em alguma pasta obscura deste pc abandonado. transcreve-lo-ei na íntegra, inclusive com a notinha/lembrete como título:


(só o dia que estiver bêbada).

ía ser pra sempre, parecia. oh.
não, não ía passar nunca (nas primeiras semanas).
um mês depois eu já nem lembrava. você só existia cinco minutos antes de eu dormir, quando meu pré-consciente inteiro aparece, todas as idéias vagam na minha cabeça - as ruins e as boas. não sei de qual das duas você fazia parte, mas ficava guardado ali, era ali que você existia. não me deixava mais triste, não chorava mais, não ficava mais acordada até às quatro pensando desgraças e procurando as respostas pras quais eu não sabia nem perguntar.(ou: sem nem ter perguntas)
assim até aquele dia, você descendo. e eu sóbria, cheia de razão.
meu corte novo não é bonito sem você pra elogiar, e dizer que eu tô muito magra vai pra academia. pode acender o cigarro aqui sim, dá a mão direita. tá cedo, não vai embora por favor.
fica aqui, deixa eu lembrar de como era, ainda gosto.


eu com 25 sou mais do mesmo: temas, expressões e motivos recorrentes.
ainda bem que a gente já tá em 2011, e hoje afirmo com orgulho que superei. haha

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