segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Velhice emocional


Com o tempo você percebe que, mesmo aos 26 anos, você não aprendeu certas coisas sobre por exemplo: o amor. Melhor dizendo, sobre relacionamentos. Já que em alguns momentos da sua vida você para de acreditar que ele, o amor, realmente existe. Você por acaso viu o amor hoje? Porque eu tenho visto somente aparições fantasmagóricas me dizendo coisas absurdas, até mesmo em outros idiomas. Eu, depois de ter "amado" um cara e sentido todas as dores de estômagos possíveis [ para mim o amor não está no coração (que bobagem, nem no cérebro com seus neurônios idiotas) e sim no estômago com todas as borboletas existentes no universo ] aprendi muitas coisas sobre dores na cabeça, leia-se chifres, depois de ter amado outro cara e ter sentido a dor de quase ter sido mãe decidi: nunca mais quero namorar. Nessa altura eu já nem acreditava mais no amor. Passou dois dias e já tinha outro cara na área. Pra mim é fácil, ou melhor era fácil, encontrar alguém pra dividir meu dia ou meus links e tweets, scraps etc. Cansei, fiz a mochila e viajei. Me apaixonei por um cara mais novo, 6 anos mais novo e lindo. Tão lindo que dói ele não ter me quisto. Saí dessa com um choro n pelos ares de Santiago. Acho que era os sinais da velhice. Fiz a mochila de novo e me apaixonei outra vez, por um cara mais novo outra vez e não fui correspondida outra vez. Mas no alto do salto da velhice dos 26 anos fui lá e beijei o garoto. Eu não podia perder a oportunidade de tentar, afinal eu tinha gostado do cara. Namorei o cara, fiz a mochila e, forçada pelo destino, voltei. Deixei o maldito do meu estômago com as dores mais terríveis que jamais havia sentido antes. Hoje com metade do cérebro funcionando, já que a outra metade tenta me dizer todos os dias como sou burra em namorar um cara que mora em outro hemisfério, tento sobreviver. Capengando, totalmente sem talento para relacionamentos, chorando pelos cantos como uma verdadeira mulher burra de 26 anos, desempregada e tentando acreditar que um dia vai parar de ver fantasmas.

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