quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Live for the right things...

Como devem saber, as colaboradoras deste blog são amigas de longa data e, atualmente, moram em cidades diferentes. Tentamos nos reunir todo final/começo de ano para colocar os papos em dia e fortalecer a amizade. Recentemente começamos uma linda tradição de estabelecer resoluções de ano novo, escritas em papeizinhos a serem lidos no ano seguinte. Em 2012 definimos uma resolução coletiva de ressuscitar o blog: s
elamos o acordo numa mesa de bar e na ausência de uma das indivíduas (como é mesmo o nome dela?), o que compromete um pouco a credibilidade da proposta. No entanto, no que depender de mim, ela está de pé ;)

Resolvi que o primeiro texto desse novo tempo vai ser motivacional, porque acabei de ler algo muito inspirador. Sempre gostei muito de citações, mas hoje em dia elas perderam um pouco a graça com esse monte de gente chata postando coisas copiadas. Apenas do facebook pra fora: vão lá, dão um Ctrl+C/Ctrl+V numa frase linda (Clarice Lispector, Caio F. Abreu), colocam uma foto com efeito vintage... mas pessoalmente continuam sendo irritantes, continuam não fazendo absolutamente nada pra melhorar a vida de ninguém, e o pior de tudo: continuam vivendo pelas coisas erradas. Mas o fato é que agora há pouco li essa frase (ironicamente no twitter) que me inspirou - pelo menos a escrever esse texto:

"Se há algo que você pode fazer, ou sonha que pode fazer, comece a fazê-lo. A ousadia traz em si genialidade, poder e magia. Comece agora."

(W. H. Murray, The Scottish Himalayan Expedition – atribuído a Goethe)*

Ler isso me deu uma vontade absurda de parar de gastar meu tempo vivendo essa vidinha idiota de "pode ser que aconteça alguma coisa boa no futuro, mas enquanto isso vou ficar aqui vendo mais um episódio desse seriado que saiu ontem". Me deu vontade de ter coragem de novo. A gente estabelece muitas metas, se frustra por não conseguir atingir a maioria delas e com o tempo vai desistindo das outras. Mas o bom é que existem livros, filmes, músicas e mesmo pessoas que te trazem de volta, que te fazem ter vontade de ser melhor. E foi assim que hoje eu falei pra mim mesma: vai lá ler sobre coisas realmente importantes, vai estudar, vai escrever de uma vez por todas o teu artigo do mestrado... Se compromete de verdade, vai atrás das coisas, não deixa pro mês que vem. Atreva-se a mudar a sua vida.


Uma das músicas que eu mais gosto (Sun Hits The Sky) , de uma das bandas que eu mais gosto (Supergrass), tem um trecho assim: "live for the right things... be with the right ones.":



Eu sempre lembro desses versos e penso que, pelo menos, com os "certos" eu já estou ;)





*o excerto é mais bonito em inglês:
"Until one is committed, there is hesitancy, the chance to draw back-- Concerning all acts of initiative (and creation), there is one elementary truth that ignorance of which kills countless ideas and splendid plans: that the moment one definitely commits oneself, then Providence moves too. All sorts of things occur to help one that would never otherwise have occurred. A whole stream of events issues from the decision, raising in one's favor all manner of unforeseen incidents and meetings and material assistance, which no man could have dreamed would have come his way. Whatever you can do, or dream you can do, begin it. Boldness has genius, power, and magic in it. Begin it now."


ps. Lembrei o nome dela: Ane, we love you

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Velhice emocional


Com o tempo você percebe que, mesmo aos 26 anos, você não aprendeu certas coisas sobre por exemplo: o amor. Melhor dizendo, sobre relacionamentos. Já que em alguns momentos da sua vida você para de acreditar que ele, o amor, realmente existe. Você por acaso viu o amor hoje? Porque eu tenho visto somente aparições fantasmagóricas me dizendo coisas absurdas, até mesmo em outros idiomas. Eu, depois de ter "amado" um cara e sentido todas as dores de estômagos possíveis [ para mim o amor não está no coração (que bobagem, nem no cérebro com seus neurônios idiotas) e sim no estômago com todas as borboletas existentes no universo ] aprendi muitas coisas sobre dores na cabeça, leia-se chifres, depois de ter amado outro cara e ter sentido a dor de quase ter sido mãe decidi: nunca mais quero namorar. Nessa altura eu já nem acreditava mais no amor. Passou dois dias e já tinha outro cara na área. Pra mim é fácil, ou melhor era fácil, encontrar alguém pra dividir meu dia ou meus links e tweets, scraps etc. Cansei, fiz a mochila e viajei. Me apaixonei por um cara mais novo, 6 anos mais novo e lindo. Tão lindo que dói ele não ter me quisto. Saí dessa com um choro n pelos ares de Santiago. Acho que era os sinais da velhice. Fiz a mochila de novo e me apaixonei outra vez, por um cara mais novo outra vez e não fui correspondida outra vez. Mas no alto do salto da velhice dos 26 anos fui lá e beijei o garoto. Eu não podia perder a oportunidade de tentar, afinal eu tinha gostado do cara. Namorei o cara, fiz a mochila e, forçada pelo destino, voltei. Deixei o maldito do meu estômago com as dores mais terríveis que jamais havia sentido antes. Hoje com metade do cérebro funcionando, já que a outra metade tenta me dizer todos os dias como sou burra em namorar um cara que mora em outro hemisfério, tento sobreviver. Capengando, totalmente sem talento para relacionamentos, chorando pelos cantos como uma verdadeira mulher burra de 26 anos, desempregada e tentando acreditar que um dia vai parar de ver fantasmas.