sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

All my bags are packed / I'm ready to go

Hoje eu me senti num filme B, sentada no meio da "sala" com tudo espalhado em volta. Tudo preto e branco. E eu juntando, organizando, empacotando, encaixotando, lembrando. É, vou me mudar, sair daqui e ir pra algum lugar que eu não conheço. Não que eu nunca tenha me mudado pra algum lugar que eu não conhecesse, só que nunca tinha acontecido de saber como é estranho esvaziar uma casa onde cada coisinha foi arrumada do meu jeito. Desculpa gente, fiquei mesmo mulherzinha depois de hoje à tarde, não consigo disfarçar. A situação me deixou um pouco melancólica, então lá fui eu, colocar um sonzinho, pra animar. Pra acompanhar a cervejinha gelada.
melancolia + chuvinha fina e cinza versus cervejinha gelada e musiquinha animada.
Assim começou a minha despedida de um pouquinho do que eu meio que tô sendo até agora...

Depois voltei lá, pra continuar montando trouxas e trouxas de roupa. Inevitável foi não reparar naquelas peças que eu não usava desde 2004, cara, como eu conseguia usar aquilo?? Só que a questão não era "pô, como eu era brega!", porque eu nem era. Mas a mudança é notável, roupas, cabelos, objetivos, amizades, idéias. Meu, cada coisa que eu achei, cada coisa que eu lembrei.
A relação custo/benefício me favorece, indiscutível, mas mesmo que o balanço final seja positivo, sempre dá saudades (até da jacuzisse maior que agora). O ruim é que quando acaba, sempre tem que jogar muita coisa fora.
Agora eu vejo, acabou mesmo, e foi tão tão rápido. Chato finalmente perceber isso.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Eu sou uma velha iludida, mano


Se existe hora mais inadequada pra querer algo tão estereotipado, é agora. As pessoas são bestas quando querem alguma coisa que não precisam, mas parece que precisam. E eu quero. Na lista das prioridades, não se encaixaria nem no top 30. Será que é por querer tanta coisa importante e diversa que por enquanto não dá, que a gente teima em sonhar com e querer loucamente o improvável?
Não admito, mas isso não quer dizer que não queira, nem anula o fato de ser ridículo.

Eu tô tentando falar de algo legítimo pra compensar a inutilidade, saca? Mas se a gente sente, é inútil?
É de verdade, é inútil, é ridículo... que mais? É ilusório, claro. Se a gente sonha não é em vão, se faz bem, se é poesia. Se é brega? Foda-se.

Mas como assim "verdade"? Mas como assim "importante"?

Pra compensar a preguiça de ir atrás de perspectivas novas com as próprias pernas, de ter uma cabeça com 20 anos, não mais idéias de 16 num corpo de 58 que fica no sofá amarelo enquanto as tardes de domingo escorrem pelo relógio
Tô fazendo coisas que eu não preciso, não me arrependo ainda. Mas faria diferente. Ainda dá tempo né.
Só que a gente é inacabado, é incerto, incoerente, besta e cego pro presente. Gente humana é assim, diz que racionaliza, que é o ó da escala evolutiva, mas sempre esbarra nessas questões de instinto e sentimento.
(Não é uma crítica, claro).

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Mais um dia

Olhando as mãos, ouvindo o som que vem do corpo, as pernas se esfregam num ato contra qualquer coceira, aquela sirene lá em baixo, a respiração forte, alguns roxos no corpo, olhos molhados, saudade de casa, nuvens baixas no céu alaranjado, é sábado, na verdade é a segunda hora de domingo, mais uma decepção, mais uma noite sem amor, de pensamentos não ditos, a roupa que não é minha, eu sentada, pernas cruzadas, chuva lá fora, querendo sair, não daqui, é o superego berrando, é de mim que quero, sem pontos, sem finais, só vírgulas e reticências já que a minha vida essa noite não acaba aqui, no teclado prata não-meu, é só mais uma repressão, mais uma vez sem a liberdade que me queriam dar quando tiraram aquela barriga de mim, não pedi pra sair, talvez não apresente pra mais ninguém o mundinho, a terrinha, as coisas chatas, as minhas coisas, continuo olhando as mão e ouvindo as pernas...

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Melhor deixar o título pro final

Há tanto que não venho aqui. Um dia era a falta de tempo, outro dia era o medo de sentir a falta, e no outro a saudade das histórias contadas mais pelos olhos do que pela boca. Aperecia só para me manter informada e tentar entender o que se passava na cabecinha das três. Deixei de vir, por esses e outros motivos como a sinceridade fria e gélida de pessoas que comentam e tentam adivinhar, assim como eu tento, o sentimento alheio; mas hoje, pelo menos por hoje eu não me importo se vão ou não tentar adivinhar o que penso ou escrevo.

Uma sensibilidade se apossou de mim nesse exato momento, depois de visitar meu querido circulo de amizades cibernéticas. No meio delas, algumas que nem me lembro mais de dar os parabéns, mesmo quando o lembrete avisa, porém hoje, durante a visita de não mais que 5 minutos, por curiosidade tentei também desifrar e entender a partir das fotos como são felizes aqueles que já foram parte da minha vida um dia e até aqueles que eu ainda não sei se saíram realmente dela. Assim, passo agora por uma vitrine em que, olhando pras fotos e textos escritos em blogs alheios, tento adivinhar o que virá amanhã. Acho que a Globo me fez chorar hoje.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Falou e disse II

- Aquele retardado. Veio todo inocente. "oi, tudo bem, como está, blablabla" e começou a falar de viagem no tempo e espaço, teorias físicas, séries de tv, música... MALDITO! Até de universos paralelos a gente conversou. Ele só quer me usar... intelectualmente.. aí ele fica se agarrando com a loiraaltaquetemmedodolugarqueeletrabalha.

- Tô rindo!

- Que bom que minha vida é uma piada. Devia ser uma série de tevê... Daquelas que tem tundum txxx e risadas do auditório.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Falou e disse




- A gente fica analisando os caras pelas comunidades enquanto eles analisam a bunda da gente.

E outra:

- Queria um cara gato me dando aula. Ou talvez não, sei lá.... Queria um cara gato no meu sofá.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Acabou o tempo



A minha vida é um desencontro. E com toda certeza afirmo que meu tempo acabou e pego a estrada pra sentir saudades de novo. Espero vocês na capital do Paraná, amiguinhas.